Caros Associadas e Associados, Colegas e Amigos, Estamos a finalizar o mês setembro, sendo muito patente o retomar da atividade - escolar, laboral e de forma geral. Regressaram também os eventos de precipitação ao território nacional - alguns deles extremos, como os ocorridos em vários locais de Portugal esta semana. Esta Newsletter espelha esta efervescência de atividades e traz muitas notícias e informações. É adequado e pertinente realçar que a APRH está/continua muito ativa! Assim, o destaque desta edição é o projeto PANDDA, coordenado pela APRH e que obteve financiamento do Fundo Ambiental. A candidatura inseriu-se na temática da "Saúde de qualidade, água e cidades e comunidades sustentáveis". O PANDDA tem uma agenda desafiante até fim de novembro, data do seu término. A APRH e os parceiros do “PANDDA”, a Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz e os Serviços Municipalizados de Torres Vedras estão neste momento a lançar um desafio à participação a vários agregados familiares. Já temos inscritas muitas das cerca 80 famílias com quem iremos trabalhar e a quem daremos uma formação presencial e meios para reduzir o consumo doméstico de água. Brevemente o site do PANDDA estará a funcionar e iremos dando notícias. Não é por acaso que o Dia Nacional da Água é a 1 de outubro - a APRH é co-promotora do Workshop Final (online) do Grupo Operacional AGIR. Inscrevam-se: é já dentro de uma semana. Na sequência do apelo à participação ativa dos nossos associados e dos nossos órgãos, voltamos a publicar um artigo da Comissão Especializada das Zonas Costeiras e do Mar (CEZCM). O artigo de hoje é sobre "Gestão das Zonas Costeiras e a Economia do Mar num futuro de incerteza climática”. Nas próximas semanas teremos novidades de outras Comissões Especializadas. Entretanto, esperamos que possam encontrar temas e eventos interessantes, nesta segunda Newsletter de setembro. Votos de bom fim de semana! A Comissão Diretiva da APRH |
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Projeto PANDDA O novo projeto que a APRH desenvolve, com o apoio do Fundo Ambiental, encontra-se em plena atividade! A APRH e os parceiros do “PANDDA”, a Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz e os Serviços Municipalizados de Torres Vedras estão neste momento a lançar um desafio a 80 famílias diversificadas, em termos de idade e perfil socioprofissional. Está agendada uma sessão pública com as famílias no sábado, dia 16 de Outubro. Estes agregados familiares irão comprometer-se a reduzir o seu consumo de água, em ambiente doméstico, com base em informações e dispositivos que a APRH irá facultar. As famílias terão que recorrer a toda a sua criatividade e engenho, neste desafio prático que decorrerá na segunda quinzena de outubro. As atividades do “PANDDA” vão promover uma saudável competição e troca de experiências entre as famílias, proporcionando a todos novos conhecimentos e acrescido sentido de responsabilidade ambiental, além da poupança económica. Os resultados do desafio serão conhecidos em novembro. As famílias que se destaquem pelo empenho e compromisso com o Projeto terão acesso a uma Formação Ambiental extra, facultada pela APRH, na albufeira do Alqueva. Gestão das Zonas Costeiras e a Economia do Mar num futuro de incerteza climática O mar e as zonas costeiras têm um papel vital no desenvolvimento da Economia Portuguesa. Atualmente, esse papel de destaque enfrenta novos e importantes desafios e oportunidades, em grande medida inerentes aos efeitos causados pelas alterações climáticas e pela crescente pressão antropogénica. Com efeito, os fenómenos de natureza extrema, o aumento do nível médio da água do mar ou a crescente urbanização no litoral produzem impactos significativos em atividades tradicionalmente importantes para o país, como por exemplo, a pesca, o turismo, a atividade portuária e a preservação dos ecossistemas costeiros. Adicionalmente, a mudança climática terá necessariamente efeitos significativos nos novos domínios da Economia do Mar, que terão previsivelmente um papel muito relevante nas próximas décadas. São exemplos o desenvolvimento e exploração crescente das energias renováveis marinhas ou as infraestruturas para aquacultura offshore. É neste contexto que a Gestão das Zonas Costeiras e a Economia do Mar se devem desenvolver com base num planeamento cuidado e dinâmico que permita acautelar os impactos da mudança climática que é já uma realidade A subida do nível médio da água do mar combinada com a possível ocorrência de estados de mar extremos, entre outros fenómenos, aumentará certamente o potencial para a ocorrência de inundações na zona costeira, promoverá uma alteração das condições de navegabilidade e acostagem em portos e agravará os processos de erosão costeira. Estes são alguns dos muitos exemplos que justificam a necessidade de incorporar na Gestão Costeira uma abordagem dinâmica com prioridades e medidas que visem não só a diminuição do risco e a salvaguarda de pessoas e bens, conforme se encontra consagrado no Plano de Ação Litoral XXI, mas também a necessidade de investir em soluções inovadoras que permitam uma adaptação eficaz às alterações climáticas. Nesta adaptação inclui-se a descarbonização de diferentes setores da Economia do Mar e o aproveitamento de oportunidades para melhorar a sua sustentabilidade, designadamente através da exploração das energias renováveis marinhas. Estas ações permitirão fomentar sinergias com outras atividades, como a aquacultura e a sustentabilidade ambiental da atividade portuária, do transporte marítimo, das atividades de indústria naval, entre outras. Esta é a visão apresentada na Estratégia Nacional para o Mar 2021-2030, quer nas suas áreas de intervenção prioritárias quer nos designados objetivos estratégicos para a década. No entanto, pese embora a existência de uma visão claramente orientada para uma nova década de Gestão Costeira onde o Clima e a Sustentabilidade têm um papel de relevo nas medidas e estratégias a adotar, o país depara-se com uma necessidade crónica ao nível do financiamento e da otimização de recursos a alocar a estes domínios. Existe agora a oportunidade de suprimir essa necessidade através da consonância entre as prioridades e as políticas públicas de Gestão Costeira e da Economia do Mar e os mecanismos de financiamento e orientação estratégica a nível Europeu, como é o caso do Innovation Fund & Climate Action 2020-30, do European Maritime and Fisheries Fund ou do Green Deal. Entre outras iniciativas, estes mecanismos têm procurado fomentar e apoiar financeiramente várias ações e estratégias com enfoque no desenvolvimento de atividades costeiras capazes de gerar valor económico, emprego e distribuição de riqueza, e simultaneamente sendo capazes de promover uma relação equilibrada e sustentável com o Mar, os seus ecossistemas e o território. Através do programa H2020 da União Europeia, Portugal esteve incluído no lote de 57 países que beneficiaram de um financiamento superior a 282 M€ para a realização de projetos promotores de soluções baseadas na natureza. Fez, igualmente, parte do lote de nações que beneficiaram de mais de 375 M€ para o desenvolvimento e inovação no âmbito das energias renováveis marinhas. Ainda assim, existe um caminho a percorrer para tornar alguns destes domínios em atividades maduras do ponto de vista da Economia do Mar e incluí-las numa perspetiva de Gestão Integrada. Em todo o caso, as linhas orientadoras a nível Europeu constituem bases que o país pode e deve explorar, no sentido de aproveitar na próxima década o trajeto que se desenvolveu de forma clara nos quadros de financiamento anteriores. Assim, para Portugal, um país onde o litoral tem a maior concentração e densidade populacional, onde atividades como a pesca ou o turismo balnear continuam a ter um peso significativo na economia, torna-se vital planear e definir estratégias de médio e longo prazo. Só assim será possível valorizar os territórios costeiros, otimizar os seus recursos e garantir uma adequada resiliência à mudança climática, apostando-se na sustentabilidade ambiental das atividades costeiras e portuárias, na promoção de novas linhas de crescimento como a aquacultura offshore e nas energias renováveis marinhas e ainda na formação dos recursos humanos intervenientes nos diversos setores da Economia do Mar, como é o caso do turismo e da pesca. A incerteza associada às projeções climáticas requere um esforço de inclusão do vasto conhecimento técnico e cientifico existente no país na definição das estratégias de gestão de médio e longo prazo. Dever-se-á dar prioridade a abordagens multidisciplinares que integrem os avanços da ciência em cada momento, que utilizem soluções de engenharia sustentáveis baseadas na natureza e assegurem a preservação da zona costeira e de todas as atividades que dela dependem. [i] Texto produzido pela CEZCM – 21/09/2021 – relatores: Francisco Taveira-Pinto, Paulo Rosa-Santos e Tiago Ferradosa |
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Agenda APRH
Webinar sobre “Repercussões Ambientais Resultantes da Rotura de Barragens de Rejeitados” No dia 27 de setembro de 2021, pelas 10:00 do Brasil e pelas 14:00 de Portugal, vai realizar-se o webinar intitulado “Repercussões Ambientais Resultantes da Rotura de Barragens de Rejeitados”, que será transmitido através do YouTube, em https://youtu.be/Q5LENWKmMBI. Este evento tem uma duração prevista de 2 horas e 15 minutos. Webinar "Gestão das águas pluviais: o projeto da biovaleta / vala drenante, em Guimarães" No dia 3 de outubro a ASPEA irá celebrar o Dia Mundial dos Rios com um conjunto de atividades lúdico-pedagógicas, com o objetivo de proporcionar bons momentos junto ao rio. Em parceria com a Câmara Municipal de Benavente, desafiamos os participantes a aprender mais sobre os projetos ligados aos ecossistemas ribeirinhos, a andar de canoa, a fazer um passeio de barco com observação de aves e a participar num workshop dedicado a esta temática. As atividades são gratuitas e limitadas. Top reasons to share your work during the IAHR Congress Being part of the scientific programme of the IAHR 39th World Congress is an amazing step in your career. Here are just 5 of the reasons why you should seize this opportunity and present your research in Granada.
There is just one month left to submit your abstract, don't miss the deadline on 1 October 2021! |
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Outros eventos Mantenha-se a par dos eventos relacionados com os recursos hídricos, a nível local, nacional e internacional |
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ASPEA lança campanha de apelo à monitorização dos troços de rios a nível nacional através do “Projeto Rios” 23 de setembro Nível do mar continua a subir a ritmo alarmante 22 de setembro “A água e saneamento são a chave para um desenvolvimento sustentável” 21 de setembro Docapesca investe 93 mil euros para melhorar porto de pesca de Olhão 21 de setembro #Opinião: A Água e a sua Energia mais que Circular! 20 de setembro Águas de Santo André lança quarta fase do Programa de Monitorização do Ambiente Marinho na zona costeira de Sines 20 de setembro Opinião: O papel dos privados na gestão da água 17 de setembro De que forma é que a prática de surf em piscinas de ondas pode contribuir para a economia azul? 17 de setembro ISQ integra projeto que visa a produção fertilizantes a partir de excedentes de pesca 15 de setembro Organizações portuguesas juntam-se em ações de recolha de lixo marinho 15 de setembro Docapesca promove ações de limpeza costeira em vários pontos do país 14 de setembro | ||||||||||||||||||||||
AQUA+: Vencedor EEPA 2021 O AQUA+ está de parabéns! |
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CONTACTOS Associação Portuguesa dos Recursos Hídricos
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