Caros Associadas e Associados, Colegas e Amigos, Nesta edição começamos por dar destaque ao Dia Nacional da Água - 1 de outubro, instituído em 1983, por proposta da APRH ao então Primeiro Ministro Francisco Pinto Balsemão. A data de 1 de outubro foi sugerida por se tratar do início do ano hidrológico. A formalização do Dia Nacional da Água foi publicada em Diário da República, II série, número 33, de 9 de fevereiro de 1983 e desde então tem sido celebrado todos os anos pela APRH. Este ano não é exceção e, hoje, a APRH comemorou este dia com a realização em formato online do Workshop Final do Grupo Operacional AGIR - Sistema de Avaliação da Eficiência do Uso da Água e da Energia em Aproveitamentos Hidroagrícolas, onde foi divulgado o inovador trabalho desenvolvido e os resultados obtidos ao nível do sistema de avaliação de desempenho uniformizado desenvolvido, que permite quantificar a eficiência do uso da água e da energia nas infraestruturas de rega dos aproveitamentos hidroagrícolas, equivalente ao dos sistemas urbanos, mas adaptado à realidade destes aproveitamentos. Nesta semana tivemos diversas atividades que queremos partilhar com os Associados da APRH. A APRH elaborou uma Nota de Imprensa “Dia Nacional da Água 1983 – 2021” e o presidente da Comissão Diretiva, a convite da revista Ambiente Magazine, escreveu um artigo de opinião sobre a importância do setor da água. Também teve lugar uma reunião da Comissão Diretiva com os Núcleos Regionais, onde se analisou, entre outros assuntos, a revisão e a atualização do glossário que existe na página da APRH. Esta semana também divulgamos mais um artigo de opinião intitulado "O papel da água subterrânea na sustentabilidade das cidades do século XXI", o primeiro elaborado pela Comissão Especializada das Águas Subterrâneas (CEAS). Hoje tem início o mês de outubro e continuamos a trazer mais notícias e temas relacionados com os recursos hídricos, esperando que suscitem uma boa leitura aos associados da APRH. Desejamos a todos um bom fim-de-semana. A Comissão Diretiva da APRH |
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Dia Nacional da Água APRH celebra Dia Nacional da Água com workshop virtual 30 de setembro EPAL assinala Dia Nacional da Água com lançamento da nova coleção Gota Cores 30 de setembro A Agência Portuguesa do Ambiente celebrou o Dia Nacional da Água com uma série de iniciativas, conforme o programa anexo em 'Ler mais'. | |||||||||||||||||||
O papel da água subterrânea na sustentabilidade das cidades do século XXI Redator: Maria Paula Mendes. Tradicionalmente o setor profissional tem-se focado no fornecimento de água para consumo doméstico, agrícola e industrial, sem serem considerados os impactos destes usos no mundo natural. Dever-se-ia prestar mais atenção e agir em conformidade para encontrar soluções de engenharia que não degradem os sistemas naturais, não apenas numa perspetiva benevolente, mas em última instância para garantir a resiliência dos recursos hídricos face às interações antrópicas e às consequências das alterações climáticas, a fim de melhorar a qualidade de vida e a sustentabilidade das cidades e do meio natural de que dependem. As alterações climáticas modificam os regimes de temperatura e de precipitação, agudizam fenómenos extremos, como secas, cheias repentinas, inundações, aumentam a frequência e intensidade das ondas de calor, e provocam erosão e galgamento costeiro (RCM n.º 130/2019). Todas estes riscos exigem uma nova maneira de refletir e procurar soluções para as cidades. Acresce ainda o facto de que no séc. XXI a maior parte da população será urbana, fomentando a procura de água para abastecimento, a produção de águas residuais e de águas pluviais, originando uma crescente pressão nos recursos hídricos. É igualmente previsível o aumento nos gastos em energia, em infraestruturas muitas vezes subdimensionadas e envelhecidas e nos seguros (e.g. catástrofes naturais e agrícolas). Algumas destas ameaças, como a degradação do coberto arbóreo resultantes da maior frequência de incêndios florestais, desertificação e agentes bióticos (EAAFAC, 2013), e ainda o aumento da área urbana, reforçam o efeito das alterações climáticas diminuindo o sequestro de carbono, contribuindo para a perda de solo e da biodiversidade, assim como para a desregulação do ciclo hidrológico. As intervenções no meio subterrâneo sob as cidades, como a construção de caves, infraestruturas e túneis, extração ou drenagem de água, ou injeção ou recarga, causam modificações no balanço hídrico e energético dos aquíferos sob as cidades, situações que estão na origem de disrupções geotécnicas por vezes sérias e irreversíveis. Deste modo torna-se necessária a promoção de medidas de adaptação a um futuro incerto tendo em consideração os diversos papéis desempenhados pela água subterrânea nos meios urbanos. Em Portugal tem-se assistido à centralização dos sistemas de abastecimento de água que têm provado ser mais vulneráveis à escassez hídrica, havendo a necessidade de ampliar para fontes descentralizadas existentes na própria cidade ou nas áreas periurbanas (e.g., água reciclada, água pluvial, água dessalinizada e principalmente água subterrânea). Existe também uma necessidade de uma gestão integrada dos recursos hídricos (todas as origens de água) e com a qualidade ajustada aos diferentes usos. Torna-se igualmente relevante, pensar numa drenagem urbana mais sustentável em que se considerem medidas que contribuam para o controlo de inundações, inclusive a manutenção de ecossistemas e seus serviços nas bacias hidrográficas, tais como: (i) redirecionar as águas pluviais para a irrigação e/ou para a recarga gerida dos aquíferos (e.g. pavimentos permeáveis e telhados verdes, jardins e parques, bacias de retenção), (ii) desenvolver redes de abastecimento de águas com qualidade ajustada para usos não sanitários, (iii) desenvolver instrumentos de gestão do sistema urbano contemplando a água nos seus diversos envolvimentos, incluindo adequada monitorização como ferramenta básica, e (iv) criar instrumentos legais, fiscais e de planeamento para o controle da expansão urbana e da impermeabilização dos solos. Ao longo das últimas décadas, a maioria dos investimentos relacionados com a definição de origens de água para os diferentes grupos de utilizadores tem-se focado em soluções regionais. Urge direcionar a nossa atenção para soluções com contribuições locais que tenham em consideração as especificidades de cada bairro de cada cidade e das áreas periurbanas. Todos estes desafios demonstram a necessidade de uma maior interdisciplinaridade nas abordagens de empreendedorismo, investigação e ensino, uma valorização dos novos princípios hidrogeoéticos e a inclusão de conceitos inovadores como o da indústria 4.0 e o da economia circular no setor da água, e uma crescente integração com a sociedade quer a nível nacional como internacional. |
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Agenda APRH
Vai realizar-se no dia 2 de Outubro de 2021, na Casa dos Patudos - Museu de Alpiarça, um Seminário sobre o Rio Tejo integrado nas Jornadas Europeias do Património. A biodiversidade, os ciclos ecológicos e os rios livres O proTEJO – Movimento pelo Tejo, o Município de Vila Nova da Barquinha e a Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo convidam os cidadãos e as populações ribeirinhas da bacia do Tejo a participarem no SEMINÁRIO “TEJO VIVO E VIVIDO – SEMINÁRIO PARA A RECUPERAÇÃO DO RIO TEJO E SEUS AFLUENTES” ONLINE (WEBINAR), sob o tema “A biodiversidade, os ciclos ecológicos e os rios livres” no dia 16 de outubro de 2021 pelas 15 horas, cuja abertura será realizada pela Senhora Secretária de Estado do Ambiente Inês do Santos Costa. A APESB, a Câmara Municipal de Viseu, e o Instituto Politécnico de Viseu organizam o 19º Encontro de Engenharia Sanitária e Ambiental (ENaSB) e as 12ª Jornadas Técnicas Internacionais de Resíduos (JTIR), que se realizam de 21 a 23 de outubro de 2021 na cidade de Viseu. No dia 16 de novembro assinala-se o Dia Nacional do Mar. A data visa a sensibilização social para a importância deste recurso vital no nosso Planeta. Sensibilize os mais novos através de um dos nossos projetos disponíveis! “A gestão de águas pluviais tem merecido pouca atenção em Portugal”, observa Luís David, investigador do LNEC - Laboratório Nacional de Engenharia Civil, que vai moderar o painel dedicado à temática na 16.ª Expo Conferência da Água. Mas os próximos anos prometem trazer uma mudança, dado que, pela primeira vez, a estratégia nacional para a gestão das águas pluviais está inscrita no plano setorial: o PENSAARP 2030. |
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Outros eventos Mantenha-se a par dos eventos relacionados com os recursos hídricos, a nível local, nacional e internacional |
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ASPEA lança atividades pedagógicas ligadas à literacia dos Oceanos 30 de setembro Indaqua promove workshops para ensinar crianças a programar videojogos dedicados à água 30 de setembro Lisboa tem num novo mural que sensibiliza para a proteção do Estuário do Tejo 28 de setembro SMAS de Sintra anunciam remodelação de mais de um milhão de euros na rede de abastecimento de água 28 de setembro Projeto EduMar já tem site e promove a Literacia do Oceano 27 de setembro DGRM participa em missão internacional de fiscalização no Mar 27 de setembro ForestWatch quer quebrar “ciclo de desinvestimento e ausência de gestão” nos territórios de baixa densidade 24 de setembro ZERO quer nova avaliação de impacte ambiental sobre a construção de novo açude no Rio Vouga 24 de setembro | |||||||||||||||||||
O Mestrado em Eco-hidrologia contará, na sua sessão inaugural, com uma intervenção da Professora Susana Neto (Presidente da AG da APRH), no tema "Water Governance and collaborative actions" Apda lança livro branco sobre inovação do setor "(...) a APDA, através da Comissão Especializada de Inovação (CEI), desenvolveu uma estratégia destinada a fomentar a participação de todos aqueles que entendam partilhar as suas opiniões e visão, através da criação de uma plataforma de apoio à inovação: o “Livro Branco” sobre a Inovação no setor da Água. |
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CONTACTOS Associação Portuguesa dos Recursos Hídricos
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