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INFORMAÇÕES E CORRESPONDÊNCIA
11º Congresso da Água
Associação Portuguesa dos Recursos Hídricos
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Visita técnica 2
“Os grandes aproveitamentos na bacia hidrográfica do rio
Cávado”
11 de Fevereiro | em simultâneo com a visita técnica do 4.º Simpósio Internacional de
Estruturas Hidráulicas
Programa
A visita t écnica, a realizar a 11 de Fevereiro de 2012, abrangerá a bacia hidrográfica
do rio Cávado, incidindo sobre*:
– Barragem de Paradela (barragem de enrocamento a granel com cortina de betão a montante com altura máxima igual a 112 m, datada de 1958) e descarregadores de cheias (antigo e novo);
– Reforços de potência de Venda Nova: centrais subterrâneas em caverna de Frades/Venda Nova II (em exploração) e Venda Nova III (em construção);
– Barragem de Salamonde (barragem em arco com altura máxima igual a 75 m, datada de 1953), novo descarregador de cheias e tomada de água do reforço de potência (em construção).* O programa poderá sofrer alguns ajustamentos, dependendo das condições atmosféricas
A bacia hidrográfica do rio Cávado, com cerca de 1589 km2, está situada no
Noroeste de Portugal continental. Nela estão implantados vários aproveitamentos
hidroeléctricos com algumas barragens em cascata. Essas barragens e respectivas
centrais foram construídas entre os anos 50 e 80, tendo a primeira, Venda Nova,
situada no rio Rabagão, entrado em exploração em 1951, e a última, Vilarinho das
Furnas, situada no rio Homem, entrado em exploração em 1987. Estes dois rios são
os principais afluentes do rio Cávado. O sistema é constituído por sete grandes
barragens (Alto Cávado, Paradela, Salamonde e Caniçada no rio Cávado, Alto
Rabagão e Venda Nova, no rio Rabagão, e Vilarinho das Furnas no rio Homem) com alturas que variam entre 75 e 112 m e construídas com diversas tecnologias (arcos
em betão, gravidade em betão e enrocamento a granel). A sua capacidade útil de
armazenamento é de cerca de 1127 hm3.
Nas seis centrais actualmente em exploração estão instaladas turbinas do tipo
Pelton e Francis e turbinas-bomba Francis totalizando uma potência de 622 MW
que contribuem com uma produção média anual de 1762 GWh. A última central a
ser construída foi a central de Frades (ou Venda Nova II) que entrou em exploração
em 2005. Este reforço de potência aproveita a queda de 422 m criada pelas
albufeiras de Venda Nova e Salamonde e está munida com duas turbinas‑bomba
do tipo Francis com um caudal nominal de 25 m3/s cada, instaladas numa central
subterrânea em caverna. O seu circuito hidráulico é constituído por um túnel em
carga com cerca de 2800 m de comprimento e um túnel de restituição com 1380 m
de comprimento, ambos não revestidos, e duas chaminés de equilíbrio situadas a
montante e a jusante da central.
Para além das diversas estruturas hidráulicas em operação, existem também
centrais em construção (os reforços de potência de Venda Nova III e de Salamonde
II), uma central em projecto (o reforço de potência de Paradela II) e três novos
descarregadores (Paradela, Salamonde e Caniçada).
A conjugação dessas grandes obras de engenharia com o magnífico vale do rio
Cávado entranhado em pleno parque nacional da Peneda-Gerês e a soberba
culinária da região, adicionam expectativa a esta promissora visita técnica.