Título:

Pesquisa de cianobactérias e cianotoxinas no sistema de abastecimento da EPAL

Resumo:

As cianobactérias são um grupo de microrganismos fotossintéticos que ocorrem no ambiente aquático e que, em condições favoráveis, tais como água rica em nutrientes (fósforo e azoto) e temperaturas elevadas, podem rapidamente desenvolver grandes massas de colónias, denominadas “florescências de cianobactérias” ou “blooms”. Alguns géneros de cianobactérias têm a capacidade de produzir toxinas, com existência de 3 grupos principais: Hepatoxinas, Neurotoxinas e Endotoxinas. A Microcistina-LR, pertencente ao grupo das Hepatoxinas, é considerada pela Organização Mundial de Saúde, uma das cianotoxinas mais frequente e tóxica, sendo produzida geralmente pelos géneros de cianobactérias: Microcystis, Oscillatoria, Nostoc e Anabaena. O Decreto-Lei nº 306/2008, de 27 de Agosto de 2007, relativo à qualidade da água destinada ao consumo humano, inclui a obrigatoriedade de pesquisa de Microcistinas-LR total, “à saída da estação de tratamento de água, quando há suspeitas de eutrofização da massa de água superficial. Caso seja confirmado um número de cianobactérias potencialmente produtoras de microcistinas superior a 2000 células/mL deve ser aumentada a frequência de amostragem, no âmbito do programa de controlo operacional”. Este Decreto-Lei estabelece, na parte III do Anexo 1, o valor paramétrico 1 μg/l de Microcistina-LR total. Nesta comunicação, apresenta-se a metodologia de amostragem e análise seguida na EPAL desde o ano 2000, para a monitorização de fitoplâncton, incluindo cianobactérias, assim como o valor definido para efeito de pesquisa de Microcistinas.

Autores:

Maria João Benoliel, Dora Figueiredo, Célia Neto, Elisabete Ferreira

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