Menu:

 

 

Volume 21, Issue 4 - December 2021

 

Download (4026KB, PDF)

 

 

  • Abstract / Resumo
  • References / Bibliografia
  • Citations / Citações

Revista de Gestão Costeira Integrada
Volume 21, Issue 4, September 2021, Pages 215-226

DOI: 10.5894/rgci-n378
* Submission: 14 JUN 2020; Peer review: 15 JUN 2020; Revised: 9 APR 2021; Accepted: 9 APR 2021; Available on-line: 17 NOV 2021

Reducing sea cliffs hazards in pocket beaches through beach nourishment on the Barlavento Coast (Algarve, Portugal)

Sebastião Braz Teixeira1


1 Agência Portuguesa do Ambiente. E-mail: sebastiao.teixeira@apambiente.pt.


ABSTRACT: Tourism based on “sun and beach” is the main economic activity in the Algarve region. A considerable part of the beaches of the Barlavento coast corresponds to embedded sand accumulated along the irregular lacework-like coastline of rocky cliffs cut into Miocene calcarenites. The pattern of touristic occupation in the Algarve and the geodynamics of the rocky sea cliffs, characterized by discontinuous and intermittent occurrence of slope mass movements, result in a high level of risk to beach users along pocket beaches. In order to mitigate the risk associated with the cliff geodynamics, artificial beach nourishment was performed in Castelo and Coelha pocket beaches on the Barlavento Coast, in 2014, increasing the beach area by 3.5 times. The effects of the beach nourishment on the occupation patterns of those beaches along the 2006-2016 decade, before and after the beach nourishment, are herein presented and discussed. Occupancy data were obtained covering different seasons along the year, by counting the number of beach users, regardless of age, using periodic and systematic photographs taken at strategic points that provide full coverage of the beach areas. Before the beach nourishments the area of dry sand outside high and moderate hazard zones, measured at half-tide under average summer wave conditions was 500 m2 at Coelha beach and 800 m2 at Castelo beach. After beach nourishment the same area increased to 6700 m2 at Coelha beach and 7100 m2 at Castelo beach. Results show that, following the beach fill, beach occupation by recreational users naturally shifted seaward, moving out from the cliff hazard areas. After the intervention, the occupation of high and moderate hazard areas reduced significantly, from 37 % to 11 % in Castelo beach and from 59 % to 27 % in Coelha beach.

Keywords: beach nourishment; hazard; rocky cliffs; Algarve; Portugal.

RESUMO: O turismo de “sol e praia” constitui a principal actividade económica da região do Algarve. Parte considerável das praias da costa do Barlavento corresponde a praias encaixadas acumuladas no traçado irregular da costa do Algarve, cortado em arribas de calcarenitos do Miocénico. O padrão da ocupação turística e a geodinâmica das arribas, caracterizada pela ocorrência intermitente e descontínua de movimentos de massa, resulta num elevado nível de risco para os utentes daquelas praias. Com o intuito de mitigar o risco associado à geodinâmica das arribas foi realizada alimentação artificial nas praias encaixadas do Castelo e da Coelha no Barlavento em 2014, aumentando o areal 3.5 vezes. Neste artigo são apresentados e discutidos os efeitos da operação de alimentação artificial na década de 2006-2016, antes e após o alargamento das praias. Os dados da ocupação das praias foram recolhidos ao longo do ano, com contagens de utilizadores, independentemente da idade, utilizando fotografias tiradas em pontos estratégicos, cobrindo a totalidade dos areais das praias. Antes da alimentação artificial, a área de areia seca fora das zonas de risco elevado e moderado, medida a meia-maré e perante condições de agitação marítima de verão, era de 500 m2 na praia da Coelha e 800 m2 na praia do Castelo. Depois da alimentação artificial a mesma área aumentou para 6700 m2 na praia da Coelha e para 7100 m2 na praia do Castelo. Os resultados mostram que, após a alimentação artificial, a ocupação do areal pelos utentes foi naturalmente transferida para próximo da água, afastando-se das faixas de risco das arribas. Após a intervenção, a ocupação das faixas de risco elevado e moderado reduziu significativamente, de 37 % para 11 % na praia do Castelo e de 59 % para 27 % na praia da Coelha.

Palavras-chave: alimentação artificial de praia, perigo, escarpas, Algarve, Portugal.