Volume 22, Issue 3 - September 2022
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Revista de Gestão Costeira Integrada
Volume 22, Issue 3, September 2022, Pages 225-239
DOI: 10.5894/rgci-n546
* Submission: 4 JAN 2023; Peer review: 13 JAN 2023; Revised: 3 FEB 2023; Accepted: 6 FEB 2023; Available on-line: 27 MAR 2023
Hazard mapping based on observed coastal erosion rates and definition of set-back lines to support coastal management plans in the north coast of Portugal
Francisco Taveira-Pinto1 *, Renato Henriques2, Paulo Rosa-Santos1, Tiago Fazeres-Ferradosa1, Luciana das Neves1, 3, Francisco V. C. Taveira Pinto1, Maria Francisca Sarmento1
1 Faculty of Engineering of the University of Porto and Interdisciplinary Centre of Marine and Environmental Research of the University of Porto, Portugal, email*: fpinto@fe.up.pt; pjrsantos@fe.up.pt
2 Department of Earth Sciences, University of Minho and Institute of Earth Sciences, Portugal, email: rhenriques@dct.uminho.pt
3 International Marine and Dredging Consultants (IMDC), Belgium/span>
ASBTRACT
Coastal zone management plans need to consider scenarios of coastline evolution and associated uncertainties. In this paper, the main causes of shoreline retreat and coastal erosion (natural and anthropogenic) in the north coast of Portugal are discussed. The importance of increasing knowledge on coastal dynamics to improve long-term predictions of coastline changes is highlighted since it is essential to establish proper management tools. It is also shown that the Portuguese coastal ecosystems are not resilient enough to extreme events and that the Portuguese coastal zone, like very many others worldwide, and will be severely affected by the effects of climate change. It is concluded that extreme events need to be properly characterized and their impacts assessed since they have important implications in terms of uses of either the coastal zone or the coastal waters. Without that analysis, coastal management plans will be lacking technical and scientific information and data that could help decision-makers define the best strategies to control erosion levels and the impact of extreme events related to climate change effects. Finally, a detailed assessment of the coastline evolution was performed for the new Caminha-Espinho coastal management program, for the time horizons 2050 and 2100, based on historical data. The methodology used for the evaluation of the rates of shoreline change, hazard mapping and definition of set-back lines is presented. Selected examples are given to demonstrate the potential of this methodology in supporting the development of coastal zone management plans, but also to highlight the limitations and uncertainties linked to the complexity of the phenomena under analysis.
Keywords: coastal management programs, climate change, set-back lines, extreme events, Caminha-Espinho stretch.
RESUMO
Os planos de gestão da zona costeira devem considerar os cenários de evolução da linha costeira e as incertezas associadas. Neste artigo, são discutidas as principais causas do recuo da linha de costa e da erosão costeira (naturais e antropogénicas) na costa norte de Portugal. A importância de aumentar o conhecimento sobre a dinâmica costeira de forma a melhorar as previsões a longo prazo das alterações costeiras é realçada, uma vez que este é essencial para estabelecer ferramentas de gestão adequadas. Mostra-se, também, que os ecossistemas costeiros portugueses não são suficientemente resilientes a eventos extremos e que a zona costeira portuguesa, à semelhança de muitas outras no mundo, será severamente afetada pelos efeitos das alterações climáticas. Conclui-se que os eventos extremos necessitam de ser devidamente caracterizados e os seus impactos avaliados uma vez que têm implicações importantes em termos de usos, quer da zona costeira, quer das águas costeiras.
Sem essa análise, os planos de gestão costeira terão em falta informação e dados técnico-científicos fundamentais para ajudar os decisores a definir as melhores estratégias para controlar os níveis de erosão e o impacto de eventos extremos relacionados com os efeitos das alterações climáticas. Por fim, foi realizada uma avaliação detalhada da evolução da linha de costa para o novo programa de gestão costeira Caminha-Espinho, para os horizontes temporais 2050 e 2100, com base em dados históricos. É apresentada ainda a metodologia utilizada para a avaliação das taxas de alteração da linha de costa, mapeamento de perigos e definição de linhas de recuo. Exemplos selecionados são apresentados para demonstrar o potencial desta metodologia no apoio ao desenvolvimento de planos de gestão da zona costeira, mas também para destacar as limitações e incertezas associadas à complexidade dos fenómenos em análise.
Palavras-chave: programas de gestão costeira, alterações climáticas, linhas de recuo, eventos extremos, troço Caminha-Espinho.
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