Volume 14, Issue 2 - June 2014
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Revista de Gestão Costeira Integrada
Volume 14, Número 2, Junho 2014, Páginas 289-299
DOI: 10.5894/rgci479
* Submission: 2 January 2014; Evaluation: 5 February 2014; Reception of revised manuscript: 9 May 2014; Accepted: 28 May 2014; Available on-line: 12 June 2014
Participative management of tourism in protected areas: Case-study from Lands of Priolo, São Miguel, Azores *
Gestão participativa do turismo em áreas protegidas:
Caso de estudo das Terras do Priolo, São Miguel, Azores
Azucena de la Cruz @, 1, Rita Melo 2, Catarina Mourato 2, Raquel Ferreira 2, Joaquim Teodósio 1, Rui Botelho 1, Filipe Figueiredo 1,
Ana Mendonça 1, Luís T. Costa 1
@ - Corresponding author: azucena.martin@spea.pt
1 - Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves; Lisboa.
2 - Sociedade de Gestão Ambiental e Conservação da Natureza - Azorina, S.A.
ABSTRACT
Community participation and adaptive management are commonly considered as good approaches for long-term success of environmental policies, however several challenges arise when confronted with practice. This paper presents the case-study of the application of the European Charter for Sustainable Tourism (ECST) in the Lands of Priolo (Eastern councils of São Miguel Island, Azores, Portugal). The participatory planning process took place in 2011 including a diagnosis, a strategy and an action plan (2012-2016).
More than one hundred people participated in the process, representing 50% of the stakeholders identified. Participation was higher in the initial diagnosis meetings (47%), which were held in every parish, than in the Forums (15%), despite the later being the actual decision meetings. After concluding the ECST process, in 2012, a Priolo brand was created to encourage and to allow companies to join the process; so far 15% of the stakeholders have applied for the brand. A clear reduction of participation of local institutions, little local businesses and individual people could be verified, while larger tourism related companies maintained their participation and joined the Priolo Brand. In terms of planning results, 55 actions were defined, of which 32 were of the responsibility of the Regional Government, 10 of the municipality of Nordeste, 5 of a national NGO, 3 of the Local Rural Development Association and 5 of other entities.
Although preliminary, these results allow to highlight some important conclusions in relation with the practical application of this kind of environmental planning processes such as: the importance of close-by or parish meetings; the relevance of non-formal information; the need for a balance between the number of stakeholders involved and the duration of the process; the importance of a facilitation entity that can rise trust among all involved stakeholders and the need of effective results to avoid disappointment.
Keywords: Sustainable Tourism; Participative methodologies; Social-ecological systems; Governance.
RESUMO
A participação das comunidades e a gestão adaptativa são geralmente consideradas boas práticas para garantir o sucesso a longo prazo das políticas ambientais, mas a sua aplicação prática apresenta alguns desafios. Este artigo apresenta o caso de estudo da aplicação da metodologia da Carta Europeia de Turismo Sustentável (CETS) nas Terras do Priolo (concelhos na área leste da ilha de São Miguel, Açores, Portugal). O processo de planeamento participado decorreu em 2011 e incluiu um diagnóstico, uma estratégia e um plano de ação (2012-2016).
Mais de uma centena de pessoas participaram no processo, representando cerca de 50% dos stakeholders identificados. Porém, a participação foi muito superior nas reuniões iniciais de diagnóstico (47%) celebradas em todas as freguesias dos concelhos do que nos Fóruns (15%); apesar de estes últimos serem as reuniões decisoras. Após a conclusão do processo de adesão à ECST, em 2012, criou-se a Marca Priolo, que estimulou e permitiu a adesão das empresas ao processo e que, até a data, abrange 15% das empresas identificadas como stakeholders. Verificou-se ao longo do processo uma redução na participação das instituições locais, pequenos negócios e pessoas a título individual, enquanto que as empresas com maior dimensão relativa continuaram no processo e aderiram à Marca Priolo. O planeamento resultou em 55 ações, das quais 32 da responsabilidade do Governo Regional, 10 do município de Nordeste, 5 de uma ONG nacional, 3 da associação de desenvolvimento rural e 5 de outras entidades.
Apesar de serem ainda preliminares, os resultados permitem obter algumas conclusões sobre a aplicação prática deste tipo de processo de planeamento ambiental tais como: a importância de realizar reuniões de proximidade ou por freguesias, a relevância da recolha de informação não formal, a necessidade de encontrar um equilíbrio entre o número de stakeholders que participam no processo e a duração do mesmo; a importância de existir uma entidade facilitadora que conte com a confiança da maioria dos intervenientes e a necessidade de resultados efetivos de modo a não desapontar os participantes.
Palavras-Chave: Turismo Sustentável;Metodologias participativas; Sistemas sócio-ecologicos; Governança.
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