Volume 15, Issue 1 - March 2015
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Revista de Gestão Costeira Integrada
Volume
15, Número 1, Março 2015, Páginas 109-120
DOI: 10.5894/rgci492
* Submission: 16 JAN 2014; Peer review: 13 FEB 2014; Revised: 12 MAY
2014; Accepted: 26 JUL 2014; Available on-line: 22 SEP 2014
Análise da estabilidade da Praia do Janga (Paulista, PE, Brasil) utilizando ferramenta computacional *
Elida Regina de Melo e Silva @, a, Daniele Laura Bridi Mallmann a,
Pedro de Souza Pereira a
@ - Corresponding author: emelogeo@gmail.com
a - Universidade Federal de Pernambuco, LABOGEO – Laboratório de
Oceanografia Geológica, Departamento de Oceanografia, Avenida Acadêmico Hélio Ramos s/n° CEP: 50740-530, Pernambuco, Brasil.
RESUMO
Janga (Paulista, Pernambuco, Brasil). No local, onde a erosão se
intensificou após os anos 90, foi construída uma série de nove
quebra-mares destacados no intuito de conter o processo, dando origem a
uma sequência de baías artificiais. Assim, cada baía foi tratada em
duas metades, de modo a estudar a estabilidade de cada enseada. Praias
de enseada se caracterizam por apresentar uma linha de costa arenosa
bordejada por afloramentos ou promontórios rochosos de origem natural
ou artificial (como quebra-mares), a qual é modelada por processos de
difração e refração de ondas. O modelo parabólico permite, por meio de
uma equação empírica, que seja determinada a situação de equilíbrio
morfodinâmico das praias de enseada. No intuito de permitir a aplicação
do modelo ou imagens de satélite a praias de enseadas, a partir das
quais seja possível o estabelecimento dos parâmetros iniciais do
modelo, foi desenvolvido o software Mepbay. Esse enseadas formadas
junto à sequência de quebra-mares da Praia do Janga. Para tanto, foram
utilizadas imagens verticais obtidas gratuitamente por meio do programa
GoogleEarthaplicadas ao modelo com o uso do software, e os resultados
obtidos foram comparados aos resultados da aplicação de relações
empíricas desenvolvidas para estimar a resposta da linha de costa
frente à construção de quebra-mares, a partir da geometria da obra e da
sua distância até a costa. Os resultados demonstraram que a Praia do
Janga pode ser classificada como instável em sua maior parte, uma vez
que a configuração da linha de costa nas diversas baías geradas pela
difração de ondas entre os quebra-que a praia já está quase ajustada à
projeção, pode-se dizer que está próxima do seu equilíbrio estático. A
aplicação do modelo parabólico através do mostrou-para predizer o
ajuste da linha de costa mediante a construção de uma estrutura de
proteção costeira. No entanto, o aplicativo não realiza predições
acerca da morfologia final em planta (tômbolo ou saliência) que se
desenvolverá a partir da difração sofrida pela onda junto à zona de
sombra da estrutura de proteção. Por essa razão, uma alternativa
interessante e que foi adotada neste estudo é a combinação da aplicação
do software com o uso de relações empíricas. As análises aqui
apresentadas, potencialmente útil para estudos rápidos voltados ao
manejo da linha de costa.
Palavras-chave: Enseada, quebra-mares, modelo parabólico, saliência, tômbolo.
Stability assessment of Janga Beach (Paulista, PE, Brazil) using computational tool
ABSTRACT
This article aims to analyze the stability of the planform shape of the
bays formed between the breakwaters located at Janga Beach (Paulista,
Pernambuco, Brazil). On site, where erosion has intensified in the
90’s, were constructed a series of nine detached breakwaters in order
to contain the process, creating a sequence of artificial bays. Thus,
each bay was treated in two halves, in order to study the stability of
each bay-shaped beach. Bay-shaped beaches are characterized by having a
sandy shoreline bordered by rocky headlands or outcroppings of natural
or artificial origin (such as breakwaters), which is modeled by
processes of wave diffraction and refraction. The parabolic model
allows, by means of an empirical equation determine the type of
morphodynamic stability of the beaches. In order to allow the
application of the parabolic model manually with the use of maps,
aerial photographs, orthophotos or satellite images from which it is
possible to establish the initial parameters of the model, were
developed the software Mepbay. This software was used in the study area
to analyze the stability of bay-shaped beaches formed by the sequence
of breakwaters at Janga Beach. For this purpose, vertical images
obtained free through GoogleEarth ® software and its associated
database were used. The selected images were applied to the model using
the software and the results were compared to the results of applying
empirical relationships developed to predict the response of the
shoreline opposite the construction of breakwaters, based on the
structure geometry and their distance from the coast. The results
showed that Janga Beach can be classified as unstable for the most
part, once that the shoreline configuration in several bays generated
by wave diffraction of between the breakwaters has not yet reached the
setting of the projection generated by the model parabolic in its
entirety. Those where the beach is almost adjusted to the projection,
we can say that is close to its static equilibrium. The application of
the parabolic model by Mepbay software proved to be a tool for easy
application and quick response that can be used to predict the
adjustment of the coastline by building a coastal protection work.
However, it does not do predictions about the final morphology in plan
(tombolo or salience) that will develop from the diffraction suffered
by the wave near the shadow of the protective zone. For this reason, an
interesting alternative, which was adopted in this study is the
combination of the software application using empirical relationships.
The analyzes presented here, made visually, qualitative way and with
few resources, we can conclude that Mepbay is potentially useful for
quick studies related to the management of the shoreline.
Keywords: pocket beach, breakwaters, parabolic model, salient, tombolo.
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