Volume 35, Nº 2 - novembro 2014
Download (593KB, PDF) |
|
- Abstract / Resumo
- References / Bibliografia
- Citations / Citações
DOI:10.5894/rh35n2-2
Este artigo foi apresentado no 12º
Congresso da Água e selecionado para submissão e possível
publicação na Recursos Hídricos, tendo sido aceite pela Comissão de
Editores Científicos Associados em 30 de maio de 2014. Este artigo é
parte integrante da Revista Recursos Hídricos , Vol. 35, Nº 2, 19-27,
novembro de 2014.
Metodologia integrada para determinação de regimes de caudais ecológicos aplicada em rios ibéricos - AQUALOGUS-eFLOW
Integrated methodology for environmental flow assessment applied in Iberian rivers - AQUALOGUS-eFLOW
Francisco N. GODINHO1, Sérgio C. COSTA2, Paulo J. PINHEIRO3, Teresa ALVAREZ4, Filipa M. REIS5
1 - Doutor em Engenharia
Florestal, AQUALOGUS - Engenharia e Ambiente, Alameda dos Oceanos,
Edifício Mar do Oriente, Lote 1.07.1 AN 2.4, Parque das Nações,
1990-208 Lisboa, Portugal, +351217520190. Associado da APRH n.º 1522.
E-mail: fgodinho@aqualogus.pt
2 - Mestre em Hidráulica e Recursos Hídricos, AQUALOGUS – Engenharia e
Ambiente, Alameda dos Oceanos, Edifício Mar do Oriente Lote 1.07.1 AN
2.4, Parque das Nações, 1990-208 Lisboa, Portugal, +351217520190.
Associado da APRH n.º 932. E-mail: scosta@aqualogus.pt
3 - Mestre em Gestão de Recursos Naturais, AQUALOGUS – Engenharia e
Ambiente, Alameda dos Oceanos, Edifício Mar do Oriente Lote 1.07.1 AN
2.4, Parque das Nações, 1990-208 Lisboa, Portugal, +351217520190.
E-mail: ppinheiro@aqualogus.pt
4 - Mestre em Engenharia Civil, AQUALOGUS – Engenharia e Ambiente,
Alameda dos Oceanos, Edifício Mar do Oriente Lote 1.07.1 AN 2.4, Parque
das Nações, 1990-208 Lisboa, Portugal, +351217520190. E-mail: talvarez@aqualogus.pt
5 - Engenheira do Ambiente, AQUALOGUS – Engenharia e Ambiente, Alameda
dos Oceanos, Edifício Mar do Oriente Lote 1.07.1 AN 2.4, Parque das
Nações, 1990-208 Lisboa, Portugal, +351217520190. Associado da APRH n.º
1588. E-mail: filipareis@aqualogus.pt
RESUMO
Os regimes de caudais ecológicos são libertados a jusante de barragens
com o intuito de mitigar os impactos impostos por estas infraestruturas
nos rios. Na Europa, as quantidades de água necessárias ao restauro dos
ecossistemas fluviais interferidos por barragens têm recebido uma
atenção crescente, sobretudo através do instituído na Directiva-Quadro
da Água, que visa, entre outros aspetos, recuperar o estado dos
ecossistemas degradados por efeito da regularização de caudais. O
estabelecimento de caudais ecológicos implica a assunção de
compromissos com os utilizadores da água armazenada nas albufeiras,
sendo importante que as necessidades de água dos ecossistemas sejam
definidas através do melhor conhecimento disponível. Até à data, têm
sido aplicadas na Península Ibérica diversas metodologias para a sua
definição, desde a utilização de registos hidrológicos até modelações
eco-hidráulicas, mas não existe nenhuma aceite sem reservas. O presente
artigo descreve uma metodologia integrada para estabelecimento de
regimes de caudais ecológicos em rios Ibéricos, que compreende sete
passos sequenciais, sendo descrita a sua aplicação preliminar a casos
de estudo.
Palavras-chave: caudais de manutenção
ecológica, DQA, Península Ibérica, qualidade ecológica, restauro
ambiental.
ABSTRACT
Environmental flow regimes are implemented to mitigate the ecological
impacts of dams on rivers. In Europe, the water requirements for
restoring river ecosystems are receiving increasing attention, namely
within the Water Framework Directive, which aims to restore the status
of ecosystems impacted by flow regulation. Since the implementation of
environmental flows necessarily entails trade-offs with other potential
water uses, it is important that the water requirements of a river
ecosystem are defined using best-available scientific knowledge. To
date, several methodologies have been used to formulate environmental
flow requirements in the Iberian Peninsula, ranging from simple use of
hydrological records to eco-hydraulic modelling procedures, but no
methodology has been accepted without reservations. This paper
describes an integrated methodology for establishing environmental flow
regimes in Iberian rivers – comprising seven sequential steps –, and
presents the results of preliminary application to case-studies.
Keywords: environmental flow
regimes, WFD, Iberian Peninsula, ecological quality, environmental
restoration.
Arthington, A. H., Tharme, R. E., Brizga, S. O., Pusey, B. J. e Kennard, M. J. (2004). Environmental flow assessment with emphasis on holistic methodologie. In: Welcomme R. e T. Petr (eds.), Proceedings of the Second International Fish Symposium on the Management of Large Rivers for Fisheries, Volume II, pp 37-65, FAO Regional Office for Asia and the Pacific, Bangkok, Thailand. RAP Publication.
Bernardo, J. M. e Alves, M. H. (1999). New perspectives for ecological flow determination in semiarid regions: a preliminary approach. Regulated Rivers, 15: 221-229.
Bovee, K. D. (1982). A Guide to stream habitat analysis using the Instream Flow Incremental Methodology. Instream Flow Information Paper 12, U.S. Fish and Wildlife Service. FWS/OBS-82-26.
Daveau, S. (1977). Répartition et rythme des précipitations au Portugal. Memórias do Centro de Estudos Geográficos: Lisboa.
García de Jalón, D. G. (2003). The spanish experience in determining minimum flow regimes in regulated streams. Canadian Water Resources Journal, 28: 185-198.
García de Jalón, D., González del Tanágo, M. e Casado C. (1992). Ecology of regulated rivers in Spain: an overview. Limnetica, 8: 161-166.
Godinho, F. N., Ferreira, M. T. e Santos, J. M. (2000). Variation in fish community composition along an Iberian river basin from low to high discharge: relative contributions of environmental and temporal variables. Ecology of Freshwater Fishes, 9: 20-29.
Godinho, F.N., Pinheiro, P., Oliveira, J. e Azedo, R. (em impressão, 2014). Responses of intermittent fish assemblages to irrigation development. River Research and Applications. DOI: 10.1002/rra.2748.
Hirji, R. e Davis, R. (2009). Environmental flows in water resources policies, plans, and projects. Case studies. The International Bank for Reconstruction and Development/THE WORLD BANK.
INAG, (2009). Critérios para a classificação do estado das massas de água superficiais - rios e albufeiras. Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional. Instituto da Água, I. P.
Jowett, I. G. (1997). Instream flow methods. A comparison of approaches. Regulated Rivers, 13: 115-127.
Palau, A. (1994). Los mal llamados caudales “ecológicos”. Bases para una propuesta de cálculo. Obra Pública, 28: 84–95.
Palau, A. e Alcázar, J. (1996). The basic flow: an approach to calculate minimum environmental instream flows. In: Proceedings 2nd International Symposium on Habitat Hydraulics, Ecohydraulics 2000. Québec City, pp 547–558.
Portela, M. M. (2006). Definition of environmental flows in rivers of the south of Portugal. In: 8º Congresso da Água - Associação Portuguesa dos Recursos Hídricos. Figueira da Foz, 14 pp.
Portela, M. M. (2007). A hydrologic-hydraulic method to define ecological flows downstream dams located in South European semi-arid regions. In: 5th WSEAS International Conference on Environment, Ecosystems and Development, pp 329 334. Tenerife, Spain, December 14-16.
Portela, M. M. e Quintela, A. C. (2005). “Estimação de séries de caudais médios diários na ausência de informação hidrométrica”, 7º Simpósio de Hidráulica e Recursos Hídricos dos Países de Língua Oficial Portuguesa. 7.º SILUSBA. Évora, Portugal.
Richter, B. D., Warner A. T., Meyer J. L. e Lutz, K. (2006). A collaborative and adaptive process for developing environmental flow recommendations. River Research and Applications, 22: 297-318.
Tharme, R. E. (2003). A global perspective on environmental flow assessment: emerging trends in the development and application of environmental flow methodologies for rivers. River Research and Applications, 19:397-441.