Qualidade ecológica em Portugal: Avaliação, monitorização, recuperação
Ciclo de debates sobre a Directiva-Quadro da Água
Implementação em Portugal
8.ª Sessão
19 de Outubro 2005
Pequeno Auditório, Laboratório Nacional de Engenharia Civil
A Directiva-Quadro da Água da União Europeia apoia-se em elementos ecológicos e biológicos para fundamentar a classificação das águas superficiais interiores segundo o seu estado de qualidade ecológica.
Um ecossistema aquático tem elevada qualidade ecológica quando suporta e mantém um conjunto de comunidades íntegras e equilibradas, com composição, estrutura e organização funcional típicas do respectivo tipo de massa de água a que pertencem.
Mas onde podemos encontrar os referenciais de qualidade ecológica para rios, albufeiras e canais? E como caracterizá-los?
Com que grupos de animais e plantas se mede a qualidade ecológica e com que descritores quantitativos?
Abertura da Sessão
Felisbina Quadrado, APRH
Âmbito de aplicação da qualidade ecológica: obrigações da DQA (Directiva-Quadro da Água: Contexto de aplicação da qualidade da água) Simone Pio, Instituto da Água
Avaliação da qualidade ecológica em Portugal: trabalhos em curso Helena Alves, Instituto da Água
Avaliação da qualidade ecológica em Portugal: síntese de resultados João Bernardo, Universidade de Évora e INAG
Pausa para café
Monitorização da qualidade ecológica de populações piscícolas: síntese de resultados Jorge Bochechas, DGRF
Debate. Avaliação e Monitorização da qualidade ecológica: desafios e dificuldades Moderadora: Paula Sarmento, EDIA Jorge Bochechas, DGRF
Monitorização da qualidade biológica de albufeiras: 15 anos de experiência (Avaliação, Monitorização e Recuperação) Lourenço Gil, LABELEC
Intercalibração e acreditação de métodos de monitorização Teresa Vinhas, Instituto do Ambiente
Pausa para café
Recuperação da qualidade ecológica: casos de estudo em Portugal Rui Cortes, UTAD
Debate. Recuperação da qualidade ecológica: desafios e dificuldades Moderadora: Ana Seixas, Instituto da Água
Classificadas e avaliadas quanto à qualidade ecológica e monitorizadas em permanência, as massas de água portuguesas que apresentem escalões de qualidade ecológica inferior ao Bom têm que ser recuperadas por forma a atingirem este nível de qualidade ecológica.
Esta recuperação diz respeito a fontes pontuais de poluição, biodegradável ou tóxica, mas também a fontes difusas como escoamentos de nutrientes provenientes da agricultura, a alterações provocadas pela regularização de caudais e a modificações de perfis fluviais, bem como intervenções na estrutura biológica, limpezas de mata ribeirinha e repovoamentos piscícolas.
Portugal tem os instrumentos administrativos, legais, financeiros e técnicos necessários a estas acções de recuperação?
Quem irá ter a responsabilidade e o encargo destas acções de recuperação?
A monitorização da qualidade ecológica será efectuada num número de locais a determinar e inclui todas as massas de água portuguesas.
Os organismos biológicos indicadores são vários e incluem algas e plantas macroscópicas, invertebrados do leito e peixes, representando a actividade de monitorização um esforço humano, técnico e financeiro bastante elevado. Em simultâneo, serão também monitorizadas as condições estruturais, habitacionais e físico-químicas dos sistemas aquáticos.
Portugal, contudo, ao contrário da maior parte dos países europeus, nunca investiu em equipas e meios de monitorização biológica e ecológica.
Quem realizará a monitorização e com que meios?
Como assegurar a qualidade dos resultados da monitorização?
Comissão Especializada de Ecossistemas e Ambiente da Associação Portuguesa dos Recursos Hídricos
Teresa Ferreira, Raúl Caixinhas, Helena Alves, António Pinheiro, Francisco Godinho