Análise da Ocupação Urbana das Praias de Pernambuco, Brasil

Título:

Análise da Ocupação Urbana das Praias de Pernambuco, Brasil

Resumo:

A zona costeira do Estado de Pernambuco, Brasil, compreende uma faixa de 187 km de extensão na qual se concentram 44% da população. O litoral é dividido em três setores: Norte, Metropolitano e Sul. O presente estudo realizou através de caminhamento, a identificação e demarcação georreferenciada dos trechos do litoral com relação à presença de ocupação urbana, observando-se a presença, ou não, de edificações no ambiente praial. Os trechos de praias de cada setor (Norte, Metropolitano e Sul) foram classificados em três graus de ocupação ou intervenção, de acordo com os seguintes critérios: ausência de ocupação da pós-praia; ocupação da pós-praia; e ocupação concomitante da pós-praia e da praia (estirâncio). Esses graus são acumulativos visto que, quando há ocupação na praia, infere-se que a pós-praia também já se encontra ocupada. As informações foram plotadas em cartas da SUDENE (1:25000) e posteriormente foi calculado o percentual da extensão total do litoral com ocupação na praia e na pós-praia e em cada setor (Norte, Metropolitano e Sul). Foram registradas: ausência de ocupações no ambiente praial em 134,9 km (72,1% da costa), ocupação da pós-praia em 13,4 km (7,1% da costa) e ocupação concomitante da pós-praia e da praia (estirâncio) em 38,6km (20,6% da costa). Nesses trechos, o ambiente praial se encontra comprometido, principalmente, pela presença de edificações ou estruturas rígidas que visam conter a erosão marinha. Geralmente essas estruturas são do tipo espigões, enrocamentos aderentes e quebra-mares. O setor Metropolitano é o mais fortemente ocupado, seguido pelos setores Norte e Sul respectivamente. Para estes últimos em 75% da costa não existe ocupação da pós-praia. Embora grande parte do litoral ainda se mantenha de certa forma livre dos problemas aqui descritos, a especulação imobiliária e a desinformação da população, serão fatores determinantes na mudança desse quadro. Em um curto espaço de tempo, se nenhuma medida preventiva for tomada, a fim de se poupar danos tanto econômicos quanto ambientais, o litoral de Pernambuco, estará severamente comprometido.

Autores:

Maria Christina B. Araújo, Stella T. Souza, Alessandra Carla O. Chagas, Scheyla C. T. Barbosa, Monica F. Costa

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