Bacia hidrográfica do Nabão
Maria de Lourdes Mourinha*
* Engenheiro Químico (I.S.T.), especialização em Engenharia Sanitária (U.N.L.)
Técnico Superio da D.S.C.P. D.G.R.A.H.
Resumo | Abstract
O estudo realizado na DEQA sobre a Bacia Hidrografica do Nabão – aspectos de po suas implicações – cumpriu alguns dos objectivos que luição hidrica da bacia e suas implicações o determinaram. Concretamente, aprofundar e estabelecer relaçoes com um estudo anterior, realizado em 74, e definir ações tendentes à preservação e melhoria das condições ambientais no domínio dos recursos hídricos.
A metodologia seguida, sensivelmente a adoptada a nível interno dos serviços, consta essencialmente de 2 fases:
- Recolha de elementos importantes para a caracterização genérica da bacia: aspectos fisiográficos, climatológicos, geológicos, hidrológicos e distribuição demográfica, industrial e agrícola; a caracterização da bacia no aspecto de qualidade da água teve como base de trabalho, além da inventariação de todas as fontes poluidoras, a recolha de amostras de água para análise laboratorial, incidindo sobre parâmetros físico-químicos, biológicos e bacteriológicos.
- A 2a. fase consistiu numa elaboração dos dados obtidos e respectivas conclusões. De entre estas salienta-se a relativa ao grau de poluição havendo a considerar 2 zonas distintas, sendo a zona de Tomar a de separação. É efectivamente a jusante da cidade que a degradação da qualidade da água se faz sentir mais intensamente. As cargas poluentes que recebe e a relativa proximidade dos lançamentos, faz com que o rio já não recupere as suas características de qualidade que a montante do Agroal se podem considerar relativamente boas. A partir desta zona verificam-se quebras de qualidade, quando da introdução de efluentes fabris, que o rio recupera mas nao totalmente, e, a partir da rejeição dos esgotos da cidade e dos lançamentos de instalações fabris, situadas a jusante, até à foz, a sua regeneração natural já não se processa do mesmo modo.