Título:
EFICIÊNCIA HÍDRICA EM EDIFÍCIOS. SITUAÇÃO E PERSPECTIVAS EM PORTUGAL
Resumo:
A água tem-se tornado um recurso da maior importância. Devido não só ao crescimento
demográfico mas, fundamentalmente, ao desenvolvimento económico e ao nosso estilo de vida, a água
potável é hoje um recurso escasso que, de bem comunitário e patrimonial, se transformou ao longo das
últimas décadas em bem económico.
As alterações climáticas têm agravado este cenário e prevê-se que em alguns países, como
Portugal, a previsível redução da precipitação ou a alteração do seu regime possam a curto/médio
prazo criar graves situações de crise.
Em Portugal, a necessidade de um uso eficiente da água foi já reconhecida com prioridade
nacional, através da publicação do Programa Nacional para o Uso Eficiente da Água (PNUEA). Neste
Programa, estima-se que as ineficiências totais no uso da água em Portugal, nos diversos sectores,
totalizem 3100 milhões de m3 por ano, representando aproximadamente 0,64% do Produto Interno
Bruto português. Cerca de metade deste valor é atribuído a ineficiências no abastecimento urbano
(sistemas públicos e prediais).
Em relação à eficiência hídrica dos edifícios, é apropriado definir um Princípio dos 5R, dado que,
para além da Redução dos consumos, da Redução das perdas, da Reutilização da água e da sua
Reciclagem, é importante considerar também, numa perspectiva de sustentabilidade, o Recurso a
origens alternativas.
Na presente comunicação é feita uma reflexão sobre a situação actual e as perspectivas de
evolução neste domínio em Portugal, referindo algumas experiências inovadoras actualmente em curso
e salientando a necessidade de repensar o actual paradigma do ciclo predial da água.
Autores:
Armando SILVA-AFONSO, Carla PIMENTEL-RODRIGUES