Principais questões no controlo de qualidade da água para consumo humano do Arquipélago dos Açores

Título:

Principais questões no controlo de qualidade da água para consumo humano do Arquipélago dos Açores

Resumo:

Considerando as três vertentes, quantidade, qualidade e excelência como indicadores de desempenho dos sistemas de abastecimento, a Região Autónoma dos Açores encontra-se ainda na primeira fase. A obtenção de quantidade de água suficiente para satisfazer as necessidades da comunidade predominou, desde o período de instalação das primeiras comunidades em meados do século XV, e continua a predominar até aos nossos dias. A fase da qualidade está no seu início e apresenta grandes dificuldades, primeiro como resultado do número elevado de nascentes subsuperficiais de baixo caudal, com mais de mil nascentes, e de furos, mais de trinta, efectuados no aquífero costeiro, que fornecem água aos mais de duzentos sistemas de abastecimento independentes, usados nas nove ilhas. Em segundo lugar, a gestão da água está atribuida a cada um dos dezanove concelhos em que o Arquipélago dos Açores se encontra dividido, directamente dependente das decisões dos respectivos presidentes de câmara, que nem sempre estão motivados para esta área de actividade, induzindo uma não unanimidade nas direcções a tomar quanto à qualidade do serviço a prestar à comunidade, no campo do fornecimento da água ao público. O controlo da qualidade da água para consumo humano tem sido descurado, na maioria das entidades fornecedoras, apesar da legislação imposta pela Comunidade Europeia. A fase de excelência está muito longe do pensamento dos gestores porque não há, em todos os municípios, um número de técnicos suficientemente preparados e motivados e os utilizadores directos não consideram com seriedade um abastecimento de água como algo mais do que ter água em casa em quantidade suficiente.

Autores:

Adelaide Lobo, Susana Rego, Lurdes Ávila

Cookies
Este site usa cookies para melhor a sua experiência online.