Glossary
Instruções para colaboração
O “Glossário sobre as Zonas Costeiras” é (será) aquilo que a comunidade científica lusófona quiser! O valor e utilidade de tal “Glossário” está estritamente dependente da colaboração dos técnicos, pesquisadores e cientistas de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique, Portugal, S. Tomé e Príncipe e Timor Leste.
O “Glossário” pretende ser profundamente multidisciplinar, o que só poderá ser conseguido com a activa participação de, entre muitos outros, oceanógrafos, geólogos, especialistas em pescas, economistas, biólogos, juristas, geógrafos, engenheiros, arquitectos, físicos, sociólogos, químicos, climatologistas, geomorfólogos, historiadores, ecologistas ...
Estruturação do “Glossário”
Tenta-se que o “Glossário” esteja basicamente estruturado em três tipos de termos (entradas):
- Termos básicos – Termos em cujo texto explicativo se deve abranger um tema mais ou menos vasto (por exemplo: maré, praia, onda, pesca artesanal ...), que se descreve, de forma integrada e abrangente, a temática relacionada com esse termo.
- Termos associados – Termos em que existe uma definição curta e concisa, seguida ou não por um pequeno texto explicativo, mas que para maior explicação remete para um termo básico. É o caso, por exemplo, de “baixa-mar”, que após curta definição remete para “maré”, ou de “berma de praia”, que após pequena explicação remete para “praia”.
- Sinónimos – Termos cujo significado é o mesmo de outro já incluído e que, por consequência, remete para esse termo. É o caso, por exemplo, de “maré baixa”, que remete para o sinónimo “ baixa-mar” e para o termo básico “maré”.
Formas de Colaboração
Todas as contribuições são desejáveis e úteis, designadamente comentários sobre a forma como o “Glossário” está estruturado, sugestões para melhorar a sua funcionalidade, etc. . Porém, no que se refere aos termos incluídos ou a incluir no “Glossário”, deve tentar proceder da seguinte forma:
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Novos Termos - Para introduzir novos termos que ainda não estejam incluídos no “Glossário” deve-se produzir um documento que inclua: termo, equivalente(s) em inglês, definição curta e concisa, texto explicativo, figuras e/ou fotografias (caso seja relevante).
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Sinónimos – Para introduzir novos termos que sejam sinónimos de outros já incluídos no “Glossário” basta indicar esse novo termo. Se este não tem utilização generalizada em todos os países lusófonos, deve indicar-se em que país (ou países) é utilizado. Se esse sinónimo tem aplicação, essencialmente, em determinada área(s) disciplinar(es), tal deve ser explicitado
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Significados divergentes – Para introduzir um significado diferente de um termo que já existe no “Glossário”, deve-se elaborar a definição alternativa do referido termo, eventualmente seguido de texto explicativo, indicando, se tal for relevante, em que país (ou países) é utilizado e/ou em que área(s) disciplinar(es) é aplicado.
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Correcções – Caso sejam detectados erros ou imprecisões nas definições ou nos textos explicativos disponibilizados no “Glossário”, deve-se enviar uma mensagem com a respectiva correcção.
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Aditamentos – Se o texto explicativo de determinado termo não for suficientemente claro ou completo, deve-se elaborar e enviar um pequeno texto com as alterações consideradas necessárias.
Embora, no futuro, estejam previstas formas de colaboração mais sofisticadas e interactivas, de momento todas as contribuições devem ser enviadas por correio electrónico para jdias@ualg.pt.
Versão Linguística
A língua portuguesa, falada por mais de 240 milhões de pessoas, é a quinta língua mais falada do mundo e a terceira mais falada no mundo ocidental. Tem grande variedade de dialetos, por vezes com significativas diferenças lexicais, e existem muitas variações regionais. Todavia, basicamente, existem duas versões de português padrão: o do Brasil e o europeu ou de Portugal. Neste contexto, num “Glossário” que pretende abranger todo o espaço lusófono, surge o problema de qual das versões linguísticas utilizar: uma das versões padrão, o que daria maior homogeneidade e consistência ao trabalho, ou aceitar diferentes versões de acordo com a origem dos autores? Considerando que as diferenças ortográficas e lexicais existentes não prejudicam muito a inteligibilidade entre os locutores de diferentes dialetos, decidimos optar pela segunda hipótese. Tal até poderá contribuir para uma melhor compreensão entre falantes de distintas versões do português e, quiçá, maior interacção entre as comunidades científicas da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa). Consequentemente, os autores devem produzir as suas contribuições na versão do português que habitualmente utilizam.
Outro problema com que nos defrontámos relaciona-se com a ortografia a utilizar. Em 16 de Dezembro de 1990 os países da CPLP acordaram num novo “Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa” que pretende instituir uma ortografia oficial única da língua portuguesa. Tendo sido sujeito a dois protocolos modificativos (em 1998 e em 2004), dos quais o segundo estipula que o Acordo entra automaticamente em vigor um mês após a terceira ratificação, conclui-se que este começou tecnicamente a vigorar no primeiro dia de 2007, pelo menos para os países que o ratificaram (Brasil, que ratificou em 2004; Cabo Verde, em 2005; São Tomé e Príncipe, em 2006; e Portugal, em 2008) . Todavia, o teor substantivo e o valor jurídico do Acordo não são consensuais, existindo controvérsia sobre o assunto. A sua aplicação tem suscitado discordâncias por motivos linguísticos, principalmente em Portugal e no Brasil. Devido às dúvidas e incertezas existentes, decidimos continuar a utilizar a ortografia usual em cada um dos países, até que a situação fique cabalmente resolvida.
J. Alveirinho Dias