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Ondas Sísmicas (I. seismic wave) TERMO BASE

Ondas que se propagam através de qualquer corpo elástico, como seja a Terra.

Sendo ondas mecânicas, produzem-se por qualquer processo que forneça energia ao meio, como seja um sismo, um impacto ou uma explosão.
Há dois tipo de ondas sísmicas: as ondas volúmicas (que se propagam através do interior da Terra) e as ondas superficiais (que se propagam à superfície da Terra).

As ondas volúmicas são tridimensionais, propagando-se radialmente desde o local de origem (epicentro), sendo sujeitas a vários fenómenos de refracção e de reflexão consoante as densidades dos materiais que vão atravessando e as superfícies que os separam. As principais ondas sísmicas volúmicas são as:

As ondas superficiais são análogas às ondas marinhas e propagam-se na parte superficial da Terra, deslocando-se com velocidades inferiores às das ondas volúmicas. Geram-se devido à chegada das ondas volúmicas à superfície da Terra. Normalmente, as frequências das ondas superficiais são inferiores a 1 Hertz. Devido à sua baixa frequência, longa duração e grande amplitude, podem ser das ondas sísmicas mais destrutivas. As principais ondas sísmicas superficiais são as:

Como os vários tipos de ondas que se produzem quando ocorre um sismo têm velocidades e frequências diferentes, em áreas afastadas da região epicentral é possível observar que as ondas estão organizadas em grupos. Todavia, próximo da área de geração, não há tempo suficiente para esta segregação em trens de ondas distintas, pelo que a movimentação das partículas induzida simultaneamente por diferentes tipos de ondas pode ser extremamente complexa, podendo ter elevado potencial de destruição.

Por outro lado, ao propagar-se em diferentes tipos de rochas e à superfície, atravessando zonas de descontinuidade estrutural, as ondas são sujeitas, com frequência, a fenómenos de refracção e de reflexão, o que pode conduzir a amplificação das ondas e, consequentemente, aumento do seu potencial destrutivo. A situação complica-se ainda mais porque a propagação das ondas é afectada pela atitude do plano de rotura, o que pode conduzir a concentração de energia em certas direcções. A complexidade do estudo das ondas sísmicas é ainda acentuada pelo facto do tipo e condições do solo, bem como a topografia, poderem provocar amplificação ou atenuação das ondas sísmicas em locais específicos.

As ondas sísmicas volúmicas (quer as compressivas, quer as de cizalhamento) têm, na origem, vasta gama de frequências. Todavia, devido à atenuação durante a propagação, as mais pronunciadas têm frequências entre 0,5 e 20 Hertz. As ondas superficiais têm, geralmente, frequências menores do que as ondas volúmicas, tipicamente inferiores a 1 Hertz.

Se a frequência das ondas sísmicas é análoga à frequência natural de vibração dos edifícios (que, em geral, é mais elevada nos edifícios de menor altura, e mais baixa nos prédios mais altos), estes podem entrar em ressonância e ser gravemente danificados ou destruídos. Como as ondas com frequências elevadas sofrem atenuação mais rápida com o aumento de distância à zona epicentral do que as ondas com frequências mais baixas, a distâncias relativamente grandes do epicentro (da ordem de 100km) os edifícios altos podem ser bastante mais danificados do que os baixos. As construções baixas são mais sensíveis às vibrações sísmicas quando se localizam próximo do local onde o sismo foi gerado. [JAD]    

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