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Maré vermelha (I. red tide)

Nome comum para designar a proliferação excessiva de micro-algas (fitoplancton) em águas marinhas, de transição ou interiores, cujos pigmentos fotossintéticos dão tonalidade avermelhada, acastanhada ou esverdeada a essas águas.

Estes episódios são causados por excesso de nutrientes e por temperatura relativamente elevada, condições estas que favorecem a rápida multiplicação dos organismos aludidos. Com frequência a água começa por ficar esverdeada mas, rapidamente (um a dois dias), quando o plâncton esgota os nutrientes e começa a morrer, a tonalidade passa a acastanhada ou avermelhada. a decomposição mais ou menos rápida dos organismos mortos pode levar ao esgotamento do oxigénio na água e, como consequência, à morte em massa de peixes e outros organismos. Esta situação pode ser natural - no caso de um afloramento intenso - mas pode também ser devido a uma situação de poluição causada pela descarga em excesso de nutrientes na água. Muitas vezes estes episódios são provocados pelo desenvolvimento muito rápido de organismos que libertam toxinas, normalmente "algas castanhas" microscópicas do grupo dos dinoflagelados, podendo existir, nessas altura, perigo para a saúde pública. muitas instalações de aquacultura marinha têm sofrido prejuízos muito avultados devido a estes fenómenos. Na sequência destes episódios verifica-se, por vezes, grande mortalidade de peixes. Nas últimas décadas registou-se um aumento da frequência e, em muitas regiões, da intensidade das marés vermelhas devido à poluição e eutrofização das águas marinhas pelo homem A aplicação do termo maré é, neste caso, imprópria, sendo mais correcta a designação florescimento ou, mesmo, apesar do anglicismo, bloom algal. [JAD]