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Tsunami ou maremoto (I. tsunami, seismic sea wave, F. tsunami, E. tsunami, maremoto)
Onda ou sequência de ondas induzida por qualquer deslocação brusca do fundo marinho (sismos com epicentro no mar, explosões vulcânicas, movimentos de massa submarinos, etc.).
O termo tem origem no japonês e significa, literalmente, onda de porto (tsu = porto; nami = onda). Estas ondas têm comprimento de onda (L) muito grande de forma que, mesmo em oceano aberto, se comportam como ondas de águas pouco profundas. De acordo com a teoria de Airy, a velocidade (c) deste tipo de ondas é dado pela expressão , onde g é a aceleração da gravidade e d a espessura da coluna de água (profundidade), de onde se depreende que quanto menor for a profundidade menor é a velocidade da onda. Consequentemente, à profundidade de 5 000 metros (frequente nas bacias oceânicas) a onda tem velocidade da ordem de 800km/h, isto é, a velocidade normal dos aviões comerciais. Ao encontrar o bordo da plataforma continental, a uns 160 metros de profundidade, a velocidade será já de apenas uns 140km/h, e continuará a diminuir à medida que se aproxima da costa. Porém, o ritmo de transferência de energia (E) tem que se manter constante, e esta é função da altura da onda (H), a onda vai-se acomodando aumentando de altura. É por isso que as ondas de tsunami, em mar alto, têm pequena altura (tipicamente menos de um metro), sendo quase indetectáveis pelos métodos normais mas, ao chegarem à costa, por vezes, apresentam-se com grande altura (esporadicamente bastante mais de uma dezena de metros). Na sequência da explosão do vulcão Krakatoa, em 1883, geraram-se ondas de tsunami que atingiram, ao atacar as costas próximas, mais de 40 metros de altura. O tsunami que ocorreu no Índico, na sequência do sismo de 26 de Dezembro de 2004, e que provocou mais de 300 000 vítimas mortais, atingiu nalguns locais cerca de 50 metros de altura. Porém, a grande maioria dos tsunamis apresentam, ao chegar à costa, altura infra-métrica, sendo felizmente muito raros os que adquirem expressão decamétrica. Com frequência utiliza-se o termo maremoto. Por vezes utiliza-se a designação onda de maré, tradução literal do inglês tidal wave, o que é de evitar por constituir um anglicismo desnecessário e, alem do mais, enganador. A designação de maré é, neste caso, imprópria.